Os carvões ativados são materiais porosos com grande capacidade de adsorção de substâncias indesejáveis presentes nos processos industriais, devido a sua grande área superficial. São materiais muito versáteis e existem evidências de sua utilização há milhares de anos pelos hindus na purificação de água. Os carvões ativados podem ser produzidos a partir de qualquer material carbonáceo, sendo atualmente utilizados, resíduos de madeiras na produção de carvões pulverizados e a casca de coco como material precursor para a fabricação dos carvões granulados. Além disso, podem-se encontrar comercialmente carvões ativados produzidos de matéria-prima mineral, como o carvão betuminoso, por exemplo.
A ativação do carvão compreende reações químicas para abertura dos poros no material e pode ocorrer através da utilização de vapor de água, oxigênio ou CO2 como agentes oxidantes (denominada ativação física) ou através do contato íntimo entre a matéria-prima e fortes agentes oxidantes, como o H3PO4 ou o ZnCl2, conhecida como ativação química.
No que diz respeito à sua composição, além do conteúdo de carbono, o carvão pode, em função de sua matéria-prima, conter até 20 % de minerais que são indicados e estão presentes no resíduo de suas cinzas.
O processo de adsorção no carvão ativado é dependente, entre outras coisas, de sua área superficial. Os produtos comerciais possuem freqüentemente uma área superficial que varia de 500 – 1.500 m2/g. O estudo da adsorção de substâncias particulares como a adsorção de iodo, azul de metileno, fenol, pode dar uma boa aproximação da área superficial do carvão ativado.
Imagem microscópica dos poros de um carvão ativado.